Pronomes são palavras que representam (substituem um substantivo), ou o acompanham, limitando sua significação.
Exemplo: Marcos, encontrei tua caneta no chão, mas não a apanhei, pois ela estava quebrada.
tua → de Marcos a, ela → caneta
Quando um pronome é empregado junto de um substantivo, ele é chamado de pronome adjetivo e quando um pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado de pronome substantivo.
Exemplos:
a) Alguém pode adivinhar nossas vontades?
Alguém → pronome substantivo (pois está sozinho)
nossas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo vontades)
b) Encontrei tua caneta, mas não a apanhei.
tua → pronome adjetivo
a → pronome substantivo
Os pronomes classificam-se em:
São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas gramaticais.
As pessoas gramaticais são três:
Observações:
I. um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo quando exerce uma função de complemento, isto é, uma função que não seja a de sujeito da oração.
Exemplos:
a) Ela pediu ajuda para nós.
Ela: pronome reto (funciona como sujeito).
Nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito).
b) Nós jamais a prejudicamos.
Nós: pronome reto (sujeito).
a: pronome oblíquo (não-sujeito).
II. os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem precedidos de preposição.
Exemplo: A vida me ensina a ser realista.
III. os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem precedidos de preposição.
Exemplo: Ela jamais iria sem mim.
IV. os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da preposição com combinam-se com ela, originando as formas comigo, contigo, consigo, conosco, convosco.
Emprego dos pronomes pessoais
I. os pronomes oblíquos me, nos, te, vos, e se podem indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são chamados pronomes reflexivos.
Exemplo: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome reflexivo.
II. os pronomes oblíquos se, si e consigo são sempre reflexivos.
Exemplos:
a) Márcia só pensa em si (= pensa nela mesma).
b) O rapaz feriu-se (= feriu a ele próprio).
c) Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo).
Note, portanto, que frases como as exemplificadas a seguir são gramaticalmente incorretas.
Exemplos:
a) Marcos, eu preciso falar consigo.
b) Eu gosto muito de si minha amiga.
III. os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Exemplo: Os jogadores se abraçavam após o gol.
Se (= um ao outro) → pronome reflexo recíproco.
IV. Eu × mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode funcionar como complemento, nunca como sujeito. Daí termos frases como:
a) Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
b) Ela trouxe o livro para mim. (correto)
c) Ela trouxe o livro para mim ler. (errado)
V. entre todos os pronomes pessoais somente os pronomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos pelos seus pronomes oblíquos correspondentes.
Eu → me, mim
Tu → te, ti
Exemplos:
a) Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
b) Uma briga aconteceu entre mim e ti (correto)
c) Não houve nada entre eu e ela. (errado)
d) Não houve nada entre mim e ela. (correto)
Os pronomes de tratamento são pronomes pessoais usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. Os principais pronomes de tratamento são:
Observação: Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas distintas: vossa (Majestade, Excelência, etc) e sua (Majestade, Excelência etc.). Você deve usar a forma vossa quando estiver falando com a própria pessoa e usar a forma sua quando estiver falando a respeito da pessoa.
Exemplos:
a) Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
b) Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei)
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe ou pertence a elas.
Exemplo: Tuas opiniões são iguais às minhas.
Tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa do singular (tu)
minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª pessoa do singular (eu)
É importante que você fixe bem que há uma relação entre os pronomes possessivos e os pronomes pessoais. Observe atentamente o quadro abaixo:
Pronomes pessoais | Pronomes possessivos |
---|---|
eu | meu, minha, meus, minhas |
tu | teu, tua, teus, tuas |
ele | seu, sua, seus, suas |
nós | nosso, nossa, nossos, nossas |
vós | vosso, vossa, vossos, vossas |
eles | seu, sua, seus, suas |
Emprego dos pronomes possessivos
I. quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª V.Excia. etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa (do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Exemplos:
a) Vossa Majestade depende de seu povo.
b) Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
II. os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala).
Exemplos:
a) Sua casa foi vendida. (sua = de você)
b) Sua casa foi vendida. (sua = dele, dela)
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode gerar ambigüidades ou frases com duplo sentido. Quando isto ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s) por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
III. os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª pessoa do singular como para a 3ª pessoa do plural (confira tal afirmação no quadro acima).
IV. os pronomes possessivos podem, em muitos casos, ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes.
Exemplo: A chuva molha-me o rosto (= molha meu rosto).
Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais.
Exemplo: Aquela casa é igual à nossa.
Observação: Também podem funcionar como pronomes demonstrativos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), mesma(s), semelhante(s), tal e tais, em frases como:
a) Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto)
b) Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo)
c) Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
Emprego dos pronomes demonstrativos
No espaço:
I. Este(s), esta(s) e isto são usados para indicar que o ser está perto de quem fala.
Exemplo: Este livro que está comigo é raro.
II. Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar que o ser está perto de quem ouve.
Exemplo: Essa faca que está com você é boa.
III. Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar que o ser está longe de quem fala e também está longe de quem ouve.
Exemplo: Aquela casa lá é muito antiga.
Na frase, no texto:
I. Este(s), esta(s) e isto são usados para indicar algo que vai ser falado (ou escrito) mais à frente.
Exemplo: Ele me disse isto: caia fora.
II. Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar algo que já foi falado (ou escrito) anteriormente.
Exemplo: Caia fora! Foi isso
Para fazer referência a dois elementos já citados na frase, usa-se este para indicar o último elemento e usa-se aquele para indicar o primeiro elemento.
Exemplo: Paulo e João são bons alunos, mas este é mais inteligente que aquele. (este – João / aquele – Paulo)
Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando considerada de modo vago e indeterminado.
Exemplo: Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas.
Observação: Um pronome indefinido pode ser representado por expressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões são denominadas locuções pronominais. As mais comuns são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, seja quem for.
Exemplo: Seja qual for o resultado, não desistiremos.
Pronomes interrogativos são aqueles empregados para fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se referem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes: que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
Exemplos:
a) Que horas são? (frase interrogativa direta)
b) Gostaria de saber que horas são. (interrogativa, indireta)
c) Ouantas crianças foram escolhidas?
Pronomes relativos são os que se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o na oração seguinte.
I. Como relativo, o pronome que é substituível por o qual, a qual, os quais, as quais.
Exemplo: Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei)
II. Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Exemplo: Ele sempre consegue o que deseja.
III. O relativo quem só é usado em relação a pessoas e aparece sempre precedido de preposição.
Exemplo: O professor de quem você gosta chegou.
IV. O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, empregado entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma relação de posse e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Exemplo: Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja frente = frente do qual)
Observação: Note que após o pronome cujo (e variações) não se usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: “Visitei a cidade cujo prefeito morreu.” e não: “Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.”
V. O relativo onde equivale a em que.
Exemplo: Conheci o lugar onde você nasceu.
VI. Quanto(s) e quanta(s) só são pronomes relativos se estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s).
Exemplo: Sempre obteve tudo quanto quis.
Outros exemplos de reunião de frases através de pronomes relativos:
a) Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade.
Eu visitei a cidade (onde / em que / na qual) você nasceu.
b) Você comprou o livro. Eu gosto do livro.
Você comprou o livro (de que / do qual) eu gosto.
c) Nós visitamos a fábrica. O dono da fábrica é nosso amigo.
Nós visitamos a fábrica cujo dono é meu amigo.
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