Para formar um período composto, podem ser utilizadas duas diferentes maneiras de reunião das orações que compõem o período composto: a coordenação e a subordinação.
Exemplo: Todos esperam sua volta. / Todos esperam que você volte.
No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordinada.
Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração subordinada.
Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática em relação à oração principal.
As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em:
A classificação das orações subordinadas substantivas toma-se bem mais fácil se você tiver sempre em mente o fato de que entre a estrutura do período simples e a estrutura do período composto por subordinação existe uma relação direta.
As orações subordinadas substantivas vêm, normalmente, iniciadas pela conjunção QUE chamada conjunção integrante e, às vezes, pela conjunção SE, também integrante.
Essas orações, segundo a função que exercem, classificam-se em:
Observação: O que acontece no período simples também acontece no período composto por subordinação, só que no período composto uma das orações, inteira, é que vai exercer determinada função sintática. Essa função sintática será sempre a função sintática faltante na oração principal.
Função: sujeito - isso significa que na oração principal não haverá sujeito, já que a oração subordinada inteira é que funcionará como sujeito da oração principal.
Exemplos:
Período simples: É necessário o seu voto.
Período composto: É necessário que você vote.
Verbo unipessoal: dá-se o nome de verbo unipessoal a determinados verbos que:
Os principais verbos unipessoais são os seguintes: convir, constar, parecer, importar, acontecer, suceder.
Assim, toda vez que, na oração principal, aparecer um verbo unipessoal, a oração subordinada será substantiva subjetiva.
Podemos assim esquematizar as três estruturas mais comuns de oração principal que exigem uma subordinada substantiva subjetiva:
É importante notar que o verbo da oração principal sempre fica na 3ª pessoa do singular. Além disso, dentro da oração principal não aparece sujeito, porque quem funciona como sujeito dela é exatamente a oração subordinada substantiva subjetiva.
Função: objeto direto - isso significa que a oração vai funcionar como objeto direto de um verbo transitivo direto que estará na oração principal.
Exemplos:
Período simples: O rapaz conseguiu os aplausos.
Período composto: O rapaz conseguiu que o aplaudissem.
Função: objeto indireto - isso significa que a oração vai funcionar como objeto direto de um verbo transitivo direto que estará na oração principal.
Exemplos:
Período simples: Nós precisamos de sua ajuda.
Período composto: Nós precisamos de que você nos ajude.
Função: predicativo - funciona como predicativo da oração principal.
Exemplos:
Período simples: O importante é sua vitória.
Período composto: O importante é que você vença.
Função: complemento nominal - isso quer dizer que a oração subordinada inteira funcionará como complemento nominal de um nome incompleto que estará presente na oração principal.
Exemplos:
Período simples: Ela teve necessidade de ajuda.
Período composto: Ela teve necessidade de que a ajudassem.
Observe que tanto o complemento nominal como a oração subordinada substantiva completiva nominal iniciam-se por uma preposição.
Função: aposto
Exemplos:
Período simples: Ele quer uma coisa: sua renúncia.
Período composto: Ele quer uma coisa: que você renuncie.
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor e função de adjetivo.
Vamos comparar o período simples com o período composto abaixo:
Exemplos:
Período simples: As árvores frutíferas são raras lá.
Período composto: As árvores que dão frutas são raras lá.
É por esses dois motivos que a oração que dão frutas chama-se oração subordinada adjetivo.
A oração adjetiva sempre se refere a um nome da oração principal e sempre começa por um pronome relativo.
Pronomes relativos:
que - quem - o qual - cujo - onde - quanto
Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em:
Têm por função restringir, limitar, tornar mais exata a significação do nome a que se referem. São, por esse motivo, indispensáveis ao sentido da frase.
Na escrita, as subordinadas adjetivas restritivas não ficam isoladas por vírgulas.
Para exemplificar, vamos retomar o período:
Exemplos:
a) As árvores que dão frutas são raras lá.
b) O soldado que vi na rua está naquele bar.
c) Onde está o livro que comprei ontem?
Acrescentam ao nome uma qualidade acessória, esclarecem melhor sua significação, dão uma informação adicional de um ser que já se acha suficientemente definido.
Na escrita, as adjetivas explicativas são isoladas por vírgula.
Exemplos:
a) Deus, que é nosso Pai, nos salvará.
b) O homem, que é mortal julga-se eterno.
Observação: É importante observar que a presença ou ausência das vírgulas nas orações adjetivas é fundamental para se definir o sentido que se quer dar ao texto. Observe os dois períodos abaixo, que são bastante semelhantes em sua estrutura, mas totalmente diferentes quanto ao sentido:
Os alunos que foram aprovados serão recebidos com festa. / Os alunos, que foram aprovados, serão recebidos com festa.
Observe, agora, que o primeiro período indica que uma parte dos alunos foi aprovada e a outra parte não. O período indica também que somente os que foram aprovados é que serão recebidos com festa. A oração grifada é, portanto, subordinada adjetiva restritiva.
O segundo período, por sua vez, indica que todos os alunos foram aprovados e que todos serão recebidos com festa. A oração grifada, então, não restringe determinado tipo de aluno, apenas explica que todos foram aprovados: A oração grifada é, portanto, subordinada adjetiva explicativa.
As orações subordinadas adverbiais, da mesma forma que os adjuntos adverbiais, também exprimem diversas circunstâncias em relação à oração principal. Isso não significa, no entanto, que para cada tipo de adjunto adverbial exista uma correspondente oração subordinada adverbial. Existe, por exemplo, adjunto adverbial de negação, mas não existe oração subordinada adverbial de negação.
As orações subordinadas adverbiais são classificadas pelo sentido lógico que elas têm em relação à oração principal.
Indica a causa que faz com que aconteça o fato expresso pela oração principal. Como ele errou muito, foi substituído.
Exemplo: Qual foi a causa de ele ter sido substituído? A causa foi ele ter errado muito.
Conjunções causais: porque, que, como, uma vez que.
Indica a condição para que se realize o fato expresso pe
Exemplo: Você será libertado, se disser a verdade.
A pessoa será libertada de qualquer maneira? Não. Somente se disser a verdade.
Conjunções condicionais: se, desde que, a menos que.
Indica que o fato expresso pela oração principal ocorre da maneira, da forma (conforme) como ele vem expresso na oração subordinada.
Exemplo: O rapaz fez o serviço conforme o diretor exigiu.
O rapaz fez o trabalho de qualquer forma, de qualquer maneira? Não. Ele fez o trabalho da maneira como o diretor havia determinado anteriormente.
Conjunções conformativas: como, conforme, segundo.
Indica uma particularidade, um caso que constitui uma exceção dentro de uma regra geral e pré-estabelecida.
Exemplo: O garoto não chorava, embora tivesse quebrado o braço.
Conjunções concessivas: embora, mesmo que, ainda que.
Indica uma conseqüência do fato expresso pela oração principal.Ela estudou tanto, que ficou louca.
Conjunções consecutivas: (tão) que, (tanto) que!
Estabelece uma relação de comparação entre o conteúdo da oração principal e o da oração subordinada.
Exemplo: Ele gritava, como se fosse um louco.
Conjunções comparativas: como, (mais) que, (me
Conjunções finais: para que, a fim de que, que.
Indica que entre a subordinada adverbial e a principal está ocorrendo uma relação de proporcionalidade.
Exemplo: À proporção que lia a proposta, ele ficava mais animado.
Conjunções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que.
Observação: Algumas conjunções (que, como etc...) podem pertencer a mais de uma classe.
As orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais) podem, às vezes, aparecer sob a forma de orações reduzidas.
Oração reduzida: uma oração subordinada é reduzida quando ela:
Para que você compreenda bem o que vem a ser uma oração reduzida, observe o período composto abaixo, que não apresenta oração subordinada reduzida e sim uma oração subordinada normal, desenvolvida (com conjunção e com o verbo conjugado):
Exemplo: Terminou o jogo, todos vaiaram o juiz.
Vamos supor, agora, que se queira continuar transmitindo a mesma idéia contida na oração subordinada do' período acima, mas sem usar a conjunção. A única maneira de se conseguir isso é alterar a forma verbal, colocando-a numa forma nominal.
O período ficaria, então, assim:
Terminado o jogo, todos vaiaram o juiz.
Terminado o jogo: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de particípio (= terminado).
Observe que o nome da oração continua igual ao que ela tinha no período inicial, apenas foi acrescida a informação de que ela está reduzida e apresenta o verbo no particípio.
Você poderia também, reduzir a oração subordinada adverbial da seguinte maneira:
Ao terminar o jogo, todos vaiaram o juiz.
Ao terminar o jogo: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de infinitivo (= terminar). Ela disse estar muito triste.
Resumindo:
O período composto por coordenação é formado por orações independentes, isto é, orações que não funcionam como termos de outra. A essas orações damos o nome de orações coordenadas.
As orações coordenadas dividem-se em 2 grupos:
As orações coordenadas sindéticas recebem o nome da conjunção coordenativa que as inicia. Classificam-se, portanto, em:
Aditivas: exprimem idéia de adição, de soma.
Conjunções aditivas: e, nem, não só... mas também
Exemplo: Inês trabalha mas também estuda.
Adversativas: exprimem oposição, o contrário em relação à outra oração, contraste.
Conjunções adversativas: mas, porém, contudo etc.
Exemplo: O time jogou bem, mas não conseguiu vencer.
Alternativas: exprimem alternativa, escolha.
Conjunções alternativas: ou ... ou; ora ... ora etc.
Exemplo: Fique em casa, ou vá para a escola logo.
Conclusivas: estabelece idéia de conclusão em relação à outra oração.
Conjunções conclusivas: portanto, por isso, logo, pois (após o verbo).
Exemplo: A moto é tua, logo deves cuidar bem dela.
Explicativas: exprimem razão, motivo, explicação ao que foi enunciado na outra oração.
Conjunções explicativas: porque, que, pois (antes do verbo).
Exemplo: Corra, que vai chover logo!
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