Substantivo é a palavra que denomina os seres.

Exemplos: mar, cidade, criança, Brasil.

São também substantivos as palavras que dão nome às nossas sensações físicas e às nossas concepções mentais e emocionais.

Exemplos: dor, fome, saudade, alma.

Existem dois critérios que podem ajudar você a constatar que uma palavra é substantivo:

  • Usando a seguinte frase: Isto se chama ... , na qual você coloca, no espaço em branco, a palavra em estudo. Se a frase ficar com sentido lógico, então a palavra será substantivo. Se não, ela pertencerá a uma das outras nove classes gramaticais.
  • O substantivo tem como característica o fato de podermos associar a ele outras palavras que o modificam.

aquelas / as / duas → ruas ← antigas / largas / do bairro

Os substantivos podem ser classificados como:

  • Comuns ou Próprios
  • Concretos ou Abstratos
  • Primitivos ou Derivados
  • Simples ou Compostos
  • Coletivos

Comuns: são os substantivos que denominam todos os seres de uma mesma espécie.

Exemplos: homem, planeta, rua.

Próprios: denominam, especificamente, um ser de uma determinada espécie.

Exemplos: Clélia, Campinas, Itália, Amazonas.

Concretos: aqueles que indicam os seres propriamente ditos, isto é, pessoas, e animais reais ou fictícios, vegetais, lugares e coisas.

Exemplos: homem, cão, Maceió, fada, alma.

Abstratos: são os substantivos que indicam qualidades (coragem, doçura, velocidade • sentimentos: amor, saudade, medo), sensações (fome, dor, frio), ações (viagem, colheita, ataque) ou estados (vida, doença, viuvez).

Primitivos: aqueles que não se originam de outra palavra.

Exemplos: café, noite, mundo, verdade.

Derivados: substantivos que se formam a partir de outras palavras.

Exemplos: cafezal (café), bondade (bom).

Simples: são os substantivos formados por uma única palavra.

Exemplos: chuva, medo, ternura, bondade.

Compostos: são aqueles constituídos por mais de uma palavra.

Exemplos: guarda-chuva, planalto, fidalgo.

O substantivo é denominado substantivo coletivo quando, mesmo estando no singular, exprime a idéia de conjunto, de coleção de seres de uma mesma espécie.

Na relação abaixo, você tem, para consulta, alguns coletivos:

  • acervo: obras de arte
  • alcatéia: lobos, feras
  • antologia: trechos de leitura
  • armada: navios de guerra
  • bando: aves, crianças etc
  • cáfila: camelos
  • cambada: vadios, malvados
  • corja: vadios, malfeitores
  • elenco: atores, artistas

Observação: Para classificar um substantivo segundo os critérios acima, você deve, de cada par (comum/próprio, concreto/abstrato etc.) utilizar uma das classificações. O substantivo pedreira, por exemplo, é comum, concreto, derivado e simples.

O substantivo pode flexionar (= variar) em:

  • gênero (masculino / feminino)
  • número (singular / plural)
  • grau (aumentativo / diminutivo)

Há dois gêneros em português: o masculino e o feminino.

A desinência O indica o gênero masculino (Exemplo: gatO) e a desinência A indica o feminino (Exemplo: gatA). No entanto, a passagem de um substantivo do masculino para o feminino nem sempre se faz com a simples mudança da desinência O pela desinência A. Resolvendo os exercícios abaixo, você poderá constatar como são variados os processos de formação do feminino.

Substantivos uniformes: existem substantivos que não se flexionam para indicar o gênero; eles têm uma única forma para o masculino e feminino. Tais substantivos são chamados uniformes e dividem-se em três subgrupos: comuns-de-dois-gêneros, sobrecomuns e epicenos.

Comuns-de-dois-gêneros: tem uma só forma para indicar os dois gêneros. A diferenciação entre o masculino e o feminino é feita através de palavras que acompanham o substantivo.

Exemplos:

  • a) O trapezista - A trapezista.
  • b) AquelE estudante - AquelA estudante.
  • c) Mártir famosO - Mártir famosA.

Sobrecomuns: são substantivos que têm uma única forma para indicar pessoas dos dois sexos.

Exemplos:

  • a) A criança (menino ou menina).
  • b) O cônjuge (mulher ou homem).

epicenos: são substantivos que possuem uma única forma para designar determinados animais. A diferença entre o masculino e o feminino é feita através das palavras macho e fêmea.

Exemplo: jacaré macho - jacaré fêmea.

Considerando a flexão de número, o substantivo pode estar no:

Singular: quando o substantivo designa um único ser (Exemplo: balão) ou um conjunto de seres tomados como um todo (Exemplo: time).

Plural: quando indica mais de um ser (Exemplo: balões) ou mais de um conjunto de seres (Exemplo: times).

O que normalmente indica o plural em português é a desinência S. Há, no entanto, muitos substantivos que sofrem alterações significativas em sua forma quando colocados no plural.

Observações:

  • plural com metafonia: há substantivos que, quando colocados no plural, sofrem uma mudança no timbre da vogal tônica (a vogal Ô passa a ser pronunciada Ó). Exemplos: olho (ôlho) - olhos (ólhos); porto (pôrto) - portos (pórtos); caroço (carôço) - caroços (caróços).
  • há determinados substantivos que só são usados no plural. Exemplos: arredores, fezes, exéquias, núpcias, víveres.

Grau é a propriedade que o substantivo tem de expressar as modificações de tamanho dos seres. Além do grau normal (Exemplos: gato, rua, muro), o substantivo possui dois outros graus:

Grau aumentativo: indica um aumento no tamanho normal dos seres. O aumentativo pode ser expresso por dois diferentes processos:

Analítico: quando a idéia de aumento é dada pelo adjetivo grande ou por um sinônimo dele.

Exemplos:

  • a) Casa - casa enorme.
  • b) Lago - lago grande.

Sintético: a idéia de aumento é indicada por sufixos (ÃO, ARRA, ONA etc).

Exemplos: casa - casarão; boca - bocarra.

Grau diminutivo: indica uma diminuição no tamanho normal dos seres. O diminutivo também pode ser:

Analítico: a idéia de diminuição é dada pela palavra pequeno ou por um sinônimo dela.

Exemplos: casa - casa pequena; lago - lago pequeno.

Sintético: formado com o auxílio de sufixos que indicam diminuição (INHO, ISCO, ETA etc).

Exemplos: casa - casinha/casebre; lago - laguinho.

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