O período simples é formado por apenas 1 oração, lembra?

Sujeito é o ser a respeito do qual afirmamos ou negamos alguma coisa.

Predicado é a parte da oração que faz uma afirmação (ou negação) a respeito do sujeito e sempre apresenta um verbo em sua estrutura.

Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e pelo predicado.

Oração = sujeito + predicado

O sujeito possui as seguintes características:

I) o verbo e o sujeito estão sempre em concordância:

Exemplos:

O gato vadio dominava os becos.
(Sujeito e verbo no singular)

Os gatos vadios dominavam os becos.
(Sujeito e verbo no plural)

II) em grande número de orações, o sujeito pode ser trocado por um dos seguintes pronomes: ele, ela, eles, elas.

Exemplos:

Milhares de abelhas invadiram a cidade. / Elas invadiram a cidade.

O cachorro pulou o muro. / Ele pulou o muro.

O sujeito pode ser classificado como simples, composto, oculto, indeterminado ou inexistente.

Sujeito simples: É aquele constituído por apenas um núcleo, isto é, uma única palavra importante.

Exemplo: Os primeiros dias de paz começaram cedo.

Sujeito composto: É aquele que apresenta dois ou mais núcleos.

Exemplo: O velho e o garoto voltaram à igreja.

Sujeito oculto: É aquele que só se pode conhecer examinando a desinência (terminação) do verbo da oração.

Exemplo: Chegaremos à cidade de manhã.

O verbo está no plural, indicando que o sujeito é nós.

(Nós) Chegaremos à cidade de manhã.

Sujeito indeterminado: Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração. Existem duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas:

I) usando o verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado pelo pronome se. Nesses casos, o pronome se é chama¬do de índice de indeterminação do sujeito.

Exemplos:

a) Come-se bem naquele restaurante.

b) Acreditava-se em assombrações?

II) usando o verbo na 3ª pessoa do plural: Atropelaram um cão na rua.

Exemplo: Atualmente falam muito mal de você.

Observação: em frases como “Eles falam mal de você.”, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural (falam), o sujeito não é indeterminado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: eles.

Sujeito inexistente (oração sem sujeito): Ocorre, principalmente, com os seguintes verbos:

I) Haver (no sentido de: existir, acontecer, tempo passado)

Exemplos:

a) Houve muita confusão. (haver = acontecer)

b) Não havia guardas lá. (haver = existir)

c) Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado)

Observação: Quando o verbo haver tem sentido de existir, o sujeito classifica-se como inexistente, mas quando se usa o próprio verbo existir, a oração tem sujeito normalmente.

Exemplos:

a) Não havia pessoas na rua (sujeito inexistente)

b) Não existiam pessoas na rua. (sujeito simples)

II) Fazer e ser (com relação a tempo)

Exemplos:

a) Faz seis anos / que ele sumiu.

b) Já são duas horas da manhã.

Verbos indicativos de fenômenos da natureza

Exemplos:

a) Depois do almoço, choveu muito.

b) No inverno amanhece mais tarde.

Observação: Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular.

Quanto à classificação, o verbo pode ser:

  • significativo
  • intransitivo
  • transitivo direto
  • transitivo indireto
  • transitivo direto e indireto
  • de ligação

Vamos ver cada um deles?

Verbo significativo é todo verbo que, fundamentalmente, exprime uma ação, um fato ou um fenômeno.

Exemplos:

a) O pescador dormia à sombra da árvore.

b) Poucas pessoas gostam desse lugar.

c) Ontem choveu muito.

Dependendo de ter ou não sentido completo, os verbos significativos são classificados em:

Verbo intransitivo: é aquele que, por si mesmo, tem sentido completo, isto é, não exige nenhum complemento.

Exemplos:

a) Uma rosa nasceu.

b) Um dia de sol começava.

c) Pouco a pouco, chegaram os vizinhos.

Observação: Esse tipo de verbo pode vir seguido de deter¬minadas expressões que traduzem algumas circunstâncias, mas elas não são obrigatoriamente exigidas pelo verbo.

Exemplo: Aquele gato morreu. (de fome).

Verbo transitivo direto: é todo verbo que, por não ter sentido completo, exige um complemento sem preposição.

O termo sem preposição que completa o verbo transitivo direto chama-se objeto direto.

Exemplos:

a) Nós alugamos um velho caminhão.

b) Todos receberão o aviso.

Verbo transitivo indireto: é o verbo que exige um complemento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse complemento é chamado de objeto indireto.

Exemplos:

a) A criança necessitava de cuidados.

b) Ninguém confia mais em você.

Verbo transitivo direto e indireto: é o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos, um deles sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto).

Exemplos:

a) Não diremos a verdade a você.

b) Ele já enviou a cana para o amigo.

Verbo de ligação

Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga o sujeito a uma qualidade, um estado ou um modo de ser desse sujeito. Essa característica atribuída ao sujeito através do verbo de ligação chama-se predicativo. O verbo de ligação não traz em si nenhuma informação, nenhuma novidade a respeito do sujeito. A informação a respeito do sujeito é expressa pelo predicativo do sujeito.

Exemplos:

a) O garoto ficou triste.

b) O garoto parecia triste.

c) O garoto continuava triste.

Como a função do verbo de ligação é unir o predicativo ao sujeito, quando houver um predicativo na oração, necessariamente haverá um verbo de ligação e vice¬-versa.

É importante frisar que um determinado verbo pode mudar de classificação, dependendo da frase em que ele aparece.

Vamos tomar como exemplo o verbo virar nas três frases abaixo:

a) O tempo virou. (virou = ficou diferente, alterou-se)

b) A onda virou a canoa. (virou = tombou)

c) O ladrão virou deputado. (virou = passou a ser, tornou-se)

Da análise das três frases acima, podemos concluir que a classificação de um verbo depende do sentido que ele tem na frase em que ele aparece.

Quando falamos (ou escrevemos), normalmente nossas palavras não são usadas de forma isolada. Pelo contrário, elas se associam, se relacionam, formando um todo significativo que transmite ao ouvinte (ou leitor) nossas idéias, opiniões, sentimentos etc.

Os dois únicos termos da oração que não se relacionam a outras palavras são o núcleo do sujeito e o verbo. Todas as demais palavras da oração estão sempre relacionadas ao verbo ou relacionadas a um nome. Assim, deixando de lado o núcleo do sujeito e o verbo, podemos separar os demais termos da oração em dois grupos:

  • 1º grupo: termos relacionados a verbo.
  • 2º grupo: termos relacionados a nomes.

Exemplo: O time de vôlei voltou vitorioso do exterior.

Há quatro termos relacionados ao verbo da oração:

  • Objeto direto
  • Objeto indireto
  • Agente da voz passiva
  • Adjunto adverbial

Conforme já foi explicado anteriormente, objeto direto é o complemento verbal que aparece, normalmente, sem preposição.

Exemplo: Aquele cachorro matou um coelho.

Características do objeto direto:

I) somente as orações que têm verbo transitivo direto, e portanto objeto direto, é que podem ser passadas para voz passiva. Quando fazemos essa transformação, o objeto direto da voz ativa passa a ser sujeito da voz passiva.

Exemplos:

a) Paulo resolveu o exercício. (v. ativa)

b) O exercício foi resolvido por Paulo. (v. passiva)

II) os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, funcionam sempre como objeto direto.

Exemplo: O guarda prendeu o rapaz = O guarda prendeu-o.

III) às vezes, o objeto direto pode aparecer com preposição. Nesses casos ele é chamado objeto direto preposicionado.

Exemplo: A chuva molhou a ambos.

Observe que, na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece.

Exemplo: Ambos foram molhados pela chuva.

Objeto indireto é o complemento verbal que, obrigatoriamente, apresenta preposição.

Exemplos:

a) Todos gostavam de futebol.

b) Ela se referiu a você.

Observação: os pronomes oblíquos LHE e LHES são sempre objetos indiretos.

Exemplo: Envie o livro a ele. = Envie-lhe o livro.

E o ser que pratica a ação verbal quando a frase está na voz passiva.

Na maioria das vezes apresenta preposição por (pelo), outras vezes apresenta a preposição de.

Exemplos:

a) O leão foi morto pelo caçador.

b) O exercício é feito por nós.

c) Sua fama é conhecida de todos.

Observação: O agente da passiva corresponde ao sujeito da ativa.

Exemplos:

Ela colheu a flor. (voz ativa)

A flor foi colhida por ela. (voz passiva).

É o termo que modifica o sentido de um verbo, acrescentando-lhe uma circunstância qualquer.

Os principais adjuntos adverbiais são:

  • de tempo: Hoje ele virá cedo.
  • de negação: Não tente enganar-nos.
  • de modo: Ele saiu às pressas.
  • de causa: O gato morreu de fome.
  • de lugar: Ela mora em Campinas.
  • de dúvida: Talvez eles voltem.
  • de instrumento: Ele matou o animal com o machado.

Vamos, agora, estudar os termos relacionados a nomes. Está preparado?

É o termo que serve para caracterizar, especificar o significado de um nome, qualquer que seja a função desse nome (sujeito, objeto etc).

Exemplo: A roupa branca ficará aqui.

Observe que o termo a roupa branca é o sujeito da oração. Esse sujeito é constituído pelo núcleo roupa e por dois adjuntos adnominais: a e branca.

Exemplo: Ele só lê antigos livros de aventuras.

Observe que o núcleo do objeto direto é o termo livros e os termos antigos e de aventuras são adjuntos adnominais de livros.

É o termo que expressa uma qualidade, um estado do sujeito. O predicativo se associa ao sujeito através de um verbo de ligação.

Exemplo: A noite estava escura.

Observe que:

I) às vezes, temos um predicativo do sujeito sem que o verbo de ligação esteja escrito na frase, isto é, ele pode ficar subentendido.

Exemplo: O time retornou vitorioso.

II) O predicativo pode, às vezes, referir-se ao objeto. Nesse caso, será chamado de predicativo do objeto.

Exemplo: A riqueza tornou o rapaz egoísta.

Observe que o verbo de ligação continua presente na oração, de forma subentendida, pois tornar o rapaz egoísta equivale a:

Fazer o rapaz ficar egoísta.

Exemplo: O juiz declarou-o inocente

que equivale a:

O juiz declarou-o como sendo inocente

Há nomes que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-los. Esse termo é chamado complemento nominal e inicia-se sempre por preposição.

Exemplos:

a) Impedimos a derrubada da mata.

b) Você é igual a ele.

c) Todos tiveram medo do ladrão.

Observação: O adjunto adnominal pode, às vezes, ser iniciado por preposição (Exemplo: A casa de madeira caiu) e o complemento nominal sempre é iniciado por preposição. Isso pode gerar, em cenas frases, sérias dúvidas quanto à função do termo em estudo.

Assim, quando um termo estiver se referindo a um nome e estiver iniciado por preposição, ele será ou adjunto adnominal ou complemento nominal. Para distinguir um do outro, é conveniente usar, como critério auxiliar da análise, as orientações seguintes:

  • o adjunto adnominal só se refere a substantivos (tanto concretos como abstratos) e o complemento nominal refere-se a substantivos (só abstratos), a adjetivos e a advérbios.
  • o adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere e o complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere.
  • o adjunto adnominal pode indicar posse e o complemento nominal nunca indica posse.

Exemplos de aplicação dos critérios acima:

a) As ruas de terra serão asfaltadas.

de terra: é adjunto adnominal ou complemento nominal? Note que de terra refere-se ao nome ruas, que é um substantivo concreto (considerando a classe gramatical). Pelo 1º critério, podemos concluir que de terra só pode ser adjunto adnominal, pois o complemento nominal não se refere a substantivo concreto. Então, de terra: adjunto adnominal.

b) A rua é paralela ao rio.

ao rio: complemento nominal ou adjunto adnominal? O termo ao rio está se referindo a paralela, que é um adjetivo (considerando a classe gramatical). Usando o 1º critério, podemos concluir que ao rio só pode ser complemento nominal, já que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo.

c) As críticas ao diretor eram infundadas.

ao diretor: complemento nominal ou adjunto nominal? Observe que críticas expressa uma ação (ação de criticar). O termo ao diretor é que recebe as críticas (o diretor é criticado). Usando o 2º critério, podemos concluir que ao diretor é um complemento nominal.

d) As críticas ao diretor eram infundadas.

Agora, o termo do diretor é adjunto adnominal, pois ele pratica a ação expressa pelo nome críticas.

Aposto é o termo que esclarece melhor, explica um outro termo da oração, ao qual se refere.

Exemplos:

a) Hoje, dia 6, é aniversário dela.

b) Ele quer duas coisas: paz e sossego.

c) A casa, o pasto, tudo foi destruído.

Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar a atenção da pessoa com quem estamos falando.

Exemplos:

a) Meu amigo, não se preocupe com tais coisas.

b) Não sei, minha terra, quando voltarei aqui.

c) Onde será que ele estará, meu Deus?

Observação: O vocativo vem, na escrita, sempre separado por vírgula e não pertence nem ao sujeito nem ao predicado da oração, sendo, portanto, um termo à parte na sua estrutura.

Existem três tipos de predicado: Predicado verbal, nominal e verbo-nominal

Dizemos que um predicado é verbal quando ele apresenta verbo significativo (que pode ser um verbo transitivo ou intransitivo). O verbo significativo é considerado o núcleo (palavra mais importante) do predicado verbal.

Exemplos:

a) As crianças invadiram a praça.

b) Os pessegueiros floriam rapidamente.

O predicado é classificado como predicado nominal quando ele apresenta verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal não é o verbo de ligação, e sim um nome: o predicativo.

Exemplos:

a) Os pessegueiros estão floridos.

b) Todos nós ficamos muito felizes.

O predicado verbo-nominal tem sempre dois núcleos: um verbo significativo e um nome (o predicativo).

Exemplos:

O trem chegou + Ele estava atrasado.

O trem chegou atrasado

Observe como o verbo de ligação (estava) fica oculto. No exemplo acima, temos uma primeira estrutura possível para o predicado verbo-nominal:

Verbo significativo + predicativo do sujeito

Exemplo:

a) O sucesso tornou orgulhoso o atleta.

b) O juiz considerou válida nossa argumentação.

Como você pode observar pelos exemplos, nessa outra estrutura possível de predicado verbo-nominal, temos:

Verbo significativo + predicativo do objeto

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